O local de trabalho dos policiais civis no SML não tem água, ventilador ou ar condicionado. O setor onde ficam os cadáveres e a geladeira estão separados apenas pela porta do cartório. O cidadão que necessita realizar algum exame ou a liberação do corpo de um familiar, precisa aguardar em um local cercado por tapumes, sem nem lugar pra sentar.
São condições insalubres de trabalho e para atender a população, segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo.
“É uma falta de respeito com os profissionais da segurança pública e com a população de Cachoeiro. As imagens são claras e mostram que não existe o mínimo de respeito com a dignidade humana no SML da cidade”, frisou Aloísio Fajardo, presidente do Sindipol/ES.
A reforma do Serviço Médico Legal de Cachoeiro começou em janeiro e deveria ter terminado em julho, já que o prazo de entrega foi de seis meses. Para o Sindipol/ES, houve um erro de administração, já que os policiais civis que trabalham no SML deveriam ter sido transferidos para outro local durante a obra, o que não aconteceu.
De acordo com Aloísio Fajardo, o Sindicato dos Policiais Civis já comunicou a situação aos secretários de Segurança e de Estado do Governo, ao delegado-geral e aos superintendentes de Polícia Técnico Científica e de Polícia Regional Sul.
“Queremos uma providência imediata e aguardamos uma reposta dos responsáveis. Como entidade que representa a categoria, o Sindipol/ES não pode aceitar que policiais civis continuem trabalhando nessas condições. É desumano para os profissionais e para a população”, pontuou.
O SML de Cachoeiro foi alvo de diversas inspeções do Sindipol/ES, por isso, começou a ser reformado. Além da falta de estrutura de trabalho, o Sindipol/ES também já havia relatado a falta de profissionais na unidade.
“Hoje, trabalham lá uma escrivã voluntaria, cujo contrato termina no fim do ano, um estagiário e um outro voluntário na parte administrativa. O SML só possui um auxiliar de perícia e um médico legista por dia. Às quintas-feiras não tem atendimento médico por falta de legista. Apesar do SML ter dois rabecões, a unidade possui apenas um policial para dirigir, que é o auxiliar de perícia de plantão”, finalizou o presidente do Sindipol/ES, Aloísio Fajardo.
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